TEMPO COMPOSTO
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Código da imagem: TC-5734-005734
Fotógrafo: ROMULO FIALDINI
Código: TC-5734-005734
Descrição:
Anônimo/Povo Yorubá.
Máscara de dança da Sociedade Gueledé - Iorubá.
Sem data.
Entalhe.
33,5 x 23,5 x 23.
Benin, Nigéria.

Museu Afro Brasil, São Paulo - SP

A máscara "gueledé", juntamente com a "egungun" e a "epa", são as máscaras mais populares entre os Iorubá, povos que ocupam principalmente a atual Nigéria e Benin.
O festival das gueledé pode ocorrer em honra a qualquer orixá ou herói cultural, mas a sua função mais popular é a de aplacar Iyá Nlá ("a grande mãe") e suas discípulas na terra ("as mães poderosas"). Frequentemente identificada como a primeira mulher do universo Iorubá e a esposa da divindade Obatalá ("O grande pai"), Iyá Nlá permanece um enigma. Isso porque ela é associada à mãe natureza, ou seja, "a mãe de todos e a mãe de todas as mães", representando o princípio maternal no cosmos Iorubá, trazendo em si os atributos de todas as divindades femininas tais como Iemanjá, Oxum e Oyá.
No festival das gueledé há uma forte interação entre homens e mulheres, pois, apesar dos homens usarem e dançarem com as máscaras, eles atuam sob o controle da Iyalasé, a mulher que detém o mais alto título na sociedade.

Os motivos esculpidos no topo da máscara estão relacionados a praticamente todos os aspectos da vida e crença dos Iorubá. Ocupações profissionais, denúncias contra a imoralidade e mitos são apenas alguns dos muitos temas tratados nas máscaras.
É importante ressaltar a presença de marcas no rosto das máscaras. Estas são importantes, pois têm o papel de reforçar a singularidade social e espiritual da comunidade, dos vivos e dos mortos e do humano e do divino.
Crédito: Romulo Fialdini/Tempo Composto
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